sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Solidariedade Com a Solidão- REPUBLICADO


REPUBLICADO


Agora eu entendo pessoas como Greta Garbo.
Gente que sai de cena, literalmente.
Sem  a insanidade de Rita Hayworth, no final da vida.
A solidão da reclusão.

Subtrair o entorno.
Esquecer o  mundo que tem fora da porta de casa.
Apreciar coisas antes não percebidas.
Um olhar somente para o vasto oceano...
Esse sim, é digno de apreciação.
Os holofotes vão sendo então apagados, e as estrelas preferem esconder-se.

Elas fizeram assim. 
Cada uma, por um motivo diferente...
No Brasil houve também casos assim.
Não irei "dar nomes aos bois", aqui.
Entretanto, vejo que isso não ocorre somente com atrizes famosas.
Na verdade, o artista em si, tem essa fase de reclusão.
Seja cantor, ator, pintor, escritor, compositor, escultor, cineasta...
Todos tem algum momento da vida que querem estar só.

Quando eu era somente uma dona de casa e micro empresária, não enxergava a vida dessa maneira.
Achava a solidão, abominável.
Cheguei a um patamar de reflexão, que entendo que a solidão imposta, é a que dói.
Já a escolhida, essa, chega a ser amiga:
Livra-nos do que incomoda.
Dá o silêncio desejado em alguns momentos.
Propõe a meditação.
Dá a liberdade de escolha.

"Tapar o Sol com a peneira", fingindo que os problemas não existem?
Não.
Alívio para eles.
Atualmente sou solidária com a solidão.
E se pudesse, estaria como um eremita no alto da montanha.
Desceria dali somente quando sentisse vontade de rever a família e amigos.
Depois, voltaria para aquele cantinho do mundo.
Um sonho ou utopia.

 
 Fátima Abreu







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