segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Moça na Janela II

MOÇA NA JANELA II 


Inconformada, a moça ainda espera por trás do vidro da janela...
Teme a notícia, talvez, a desesperança.
Apararam suas asas, cortaram seu sonhos.
Perante o vidro frio, e um pouco embaçado do final de inverno, ela espreitava:
Será que a vida a deixaria triste de vez?
Ou sorriria com traços de boas novas?
A esperança de total liberdade a movia:
Dali em diante, aguardaria ansiosa.
Anjos não devem ter sua liberdade tolhida.
E amores não devem ser forçados.
Seu sequestro, seria descoberto.
E depois disso, ganhando asas de anjo novamente, alçaria voo livre...
Percorrendo todos os espaços.
E voltando ao amor verdadeiro, que nela, ainda vive.


Fátima Fatuquinha Abreu

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