quarta-feira, 8 de março de 2017

SELO




                                              * IMAGEM CEDIDA POR Adilson Bonassa


SELO

Eu queria dizer, mas, o nó na garganta não deixou.
Quis abraçar, mas, não houve a oportunidade...
Imaginei tua presença. Só isso.
O beijo ficou à espera, nos lábios molhados.
E o desejo contido, embora latente.
É que coisas assim, são quase como utopia:
Quando o outro não sabe, ou não sente.

Foi selado todo e qualquer movimento.
Não era para acontecer.
Você tem outras preferências, eu sei...
O que me leva a achar, que isso é bom!
Pois assim, meu poder de sedução, não falhou.
Apenas, o que você gosta, é o mesmo que eu.
A química é a mesma.
Nada mudou: Continuo no meu canto, a olhar somente...
Existem coisas para apenas serem apreciadas, outras, saboreadas...
O vinho ficou na taça.
O sabor você não provou.
Contento-me que não exista outra.
Caso gostasse do sabor do vinho tinto suave, seria o meu a ter nos lábios...

Fátima Fatuquinha Abreu




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